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abr 26 2016

NÃO HÁ MILAGRE PARA A SOLUÇÃO DA QUALIDADE DE INTERNET

ETHEVALDO SIQUEIRA

Dei entrevista ao Jornal Nacional, numa reportagem feita pela TV Globo, a respeito do problema da velocidade da banda larga fixa e da franquia dos volumes de dados. Na realidade, não podemos ver apenas um ângulo de um problema que é complexo e tem muitos aspectos, tais como:
• As operadoras não entregam a velocidade contratada;

  • A fiscalização da Anatel é insuficiente.
  • A maioria dos usuários não sabe como medir essa velocidade da internet nem o volume de dados consumidos.
  • Os serviços são caros por falta de maior competição e porque o Brasil cobra a maior alíquota de impostos : 44% sobre o valor dos serviços de internet e telecomunicações.
  • Embora existam recursos gerados pelos fundos setoriais de telecomunicações – o Governo não os aplica na infraesrutura de internet – e confisca mais de 90% dos R$ 8 BILHÕES arrecadados nesses fundos.

A pergunta que muitos nos fazem é esta: “Existe algum país que oferece banda larga fixa da melhor qualidade e volume ilimitado de dados, por preços acessíveis”?

Existem. Mas são raros. Esses países não fazem isso por decreto. Neles, o governo investe pesadamente em conjunto com a iniciativa privada, como acontece na Finlândia, no Japão, Cingapura, Letônia, Suíça, Emirados Árabes Unidos e na Coréia do Sul, campeão mundial na oferta de velocidade e volume de dados para o usuário.

Nesses países, o governo participa diretamente do planejamento e dos investimentos na infraestrutura, em parceria com as operadoras e fiscaliza com rigor, isenta a internet de impostos ou cobra alíquotas de 1 a 5% do valor dos serviços.

É claro que o Brasil não pode ter uma internet de banda larga com volume ilimitado de dados para gastar? Para que isso fosse possível, o País teria que elaborar um novo projeto nacional nessa área.
Atualmente, o grande desafio no Brasil e no mundo é atender ao crescimento explosivo da demanda de serviços de dados – que congestiona as redes com a oferta sempre maior de aplicativos – muitos deles gratuitos, como WhatsApp, Skype e Wase, além de jogos e de serviços como de TV como os da Netflix.

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