Não chore. Se console. O Brasil terá eleição presidencial em outubro, em paralelo à eleição municipal.
Será a última chance para a gente salvar o nosso país, se conseguirmos escolher um presidente que não seja bandido.
Não se desespere ao ver o PMDB arrumando as malas para desembarcar no Palácio do Planalto. Tudo o que ocorrer será provisório.
A perspectiva, hoje, é que o Tribunal Superior Eleitoral, alimentado agora com provas cabeludas da Operação Lava-Jato, casse a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, obrigando o Brasil a realizar nova eleição presidencial.
Se esta cassação ocorrer ainda este ano, a eleição será direta, com o voto popular. E aí, é claro, o TSE aproveitará a estrutura da eleição municipal. Mas se, tragicamente, a cassação se der em 2017 (terceiro ano do governo), caberá ao Congresso Nacional eleger indiretamente um novo presidente. Aí, só nos restará chorar muito – ou fugir do Brasil.
Em maio, quem assume a presidência do TSE é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Seu antecessor é o hoje presidente Dias Toffoly, que juntou os quatro processos de cassação da chapa em apenas um, facilitando a tramitação desse caso.
Resta saber quem aparecerá como candidato (ou candidata) para tentar governar o Brasil nos anos de 2017 e 2018, concluindo o mandato jogado fora por Dilma Rousseff.
Antes disso, porém, devemos pedir a Deus que resolva outro problema gravíssimo: é preciso afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal.
Se isso não acontecer logo, ele pode assumir a Presidência da República temporariamente, enquanto os brasileiros votam para eleger um novo presidente.
Eduardo Cunha no Palácio do Planalto será o castigo do castigo do castigo do castigo. (RENATO RIELLA)