RENATO RIELLA
A perspectiva de inflação para 2013 subiu de 5,70% para 5,71%, segundo a projeção feita por analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central.
Esta não é uma boa notícia para a presidente Dilma Rousseff, quanto mais quando se fica sabendo que a previsão para 2014 fica também nos 5,71%. E o próximo ano é eleitoral, quando esta questão estará em plena evidência no debate entre candidatos.
As projeções para a inflação neste ano e em 2014 estão acima do centro da meta estabelecida pelo próprio governo, que é de 4,5%. Porém, estão abaixo do limite superior da meta, que é 6,5% ao ano.
Com isso, a taxa básica de juros, a Selic, que está hoje em 7,50% (foi aumentada este mês pelo BC), pode crescer mais no fim de maio. Este é um remédio amargo aplicado internacionalmente contra a inflação, apesar das reações da presidente Dilma, que tem lutado contra o aumento dos juros.