RENATO RIELLA
Fui ver o filme Irmã Dulce, nos principais cinemas de Brasília. Durante algumas semanas estarei abalado, modificado, em choque, por tudo o que absorvi (e que já conhecia).
Ela foi uma santa baiana, no nível de São Francisco de Assis (talvez maior que Santo Antônio, seu patrono).
Proponho ao novo herói brasileiro, o juiz federal Moro, que aplique a seguinte pena alternativa aos bandidos monstruosos que arrombaram a Petrobras):
“-Um dia de redução da pena de prisão para cada vez que o condenado assistir o filme Irmã Dulce, com a obrigação de fazer sempre um pequeno comentário escrito, de qualquer teor, até mesmo com críticas ou condenações à postura dela”,
NÃO SOU NADA
Junto de Irmã Dulce, me sinto uma bactéria e sou obrigado a lembrar o célebre poema de Fernando Pessoa:
“Não sou nada.
Nunca serei nada,
não posso querer ser nada.
À parte isso,
tenho em mim
todos os sonhos do mundo.”