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nov 30 2014

IRMÃ DULCE (II) – SE VOCÊ NÃO TIVER FÉ, PULE ESTE TEXTO

RENATO RIELLA

Comento mais um trecho do incrível filme Irmã Dulce. Ela realmente foi cortada pela Arquidiocese baiana no encontro do Papa João Paulo II com o clero, em 1980. Mas a população de Salvador se revoltou. Na última hora, a superfreira pôde cumprimentar o Santo Padre, aplaudida por milhares de baianos.

Porém, horas antes, no Aeroporto Dois de Julho, Irmã Dulce já tinha despertado talvez a melhor foto da viagem papal.

Já contei aqui que tive a grande honra de ser o único jornalista escalado para acompanhar o Papa em todas as cidades brasileiras, durante mais de dez dias (junto com o fotógrafo Sérgio Marques).

Quando João Paulo desceu do avião em Salvador, em 1980, como sempre ele beijou o solo. Depois saiu cumprimentando solenemente cerca de dez homens de paletó (entre os quais o governador ACM, o Malvadeza).

No final da fila, com pouco mais de 1m40, vestida com aquela roupa de freira que nunca abandonou, estava a freira.

O Papa, com mais de 1m80 (inteirão, antes do atentado), deu um imenso abraço na religiosa baiana.

Os fotógrafos entraram em pânico. Era pano branco sobre pano branco. Não se via nada de João Paulo nem de Dulce: só os hábitos.

De repente, o fotógrafo Gervásio Baptista, já veterano há 35 anos atrás, adiantou-se além da marca da segurança e berrou, com sotaque estrangeiro: SANTIDAD!”

Foi uma surpresa. Assustados, o Papa e a Irmã levantaram seus rostos no sol baiano. Proporcionaram uma foto emocionante, que correu mundo.

Infelizmente, esta parte do aeroporto o filme não reproduziu. Mas há outras cenas milagrosas, maravilhosas. Não perca!

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