RENATO RIELLA
A Polícia Federal fez uma fantástica operação, apurada durante meses, confirmando a organização dos presos brasileiros, a partir do PCC paulista (Primeiro Comando da Capital).
A operação fortaleceu a imagem de um anti-heroi brasileiro, um preso chamado Marcola (apelido), que já está famoso no mundo e que comanda uma imensa rede de bandidos a partir da sua cela.
Ele é poderoso demais. Basta lembrar que este PCC decretou pena de morte para os cinco assaltantes vagabundos que mataram com um tiro o menino boliviano, no primeiro semestre deste ano, em meio a um assalto comum. Execução inexplicável!
Dois dos assaltantes estavam presos e foram envenenados na cela. Outros dois, ainda soltos, foram assassinados pelo PCC nas ruas. E o quinto, de 17 anos, está num inferninho de “correção” do governo, onde certamente o braço justiceiro do Marcola o acertará, mostrando que o PCC não admite crime inútil contra criança.
Marcola parece um talibã sem Alá. Em gravações da Polícia Federal, aparece ironizando o governador de São Paulo. Segundo o chefe do PCC, Geraldo Alckmin andou comemorando a redução de mortes nas prisões paulistas.
A explicação do Marcola para isso é assustadora. Ele disse que houve mesmo redução nos assassinatos, mas agora para matar preso há uma “burocracia”. Ninguém mata por conta própria. Na verdade, é preciso haver uma espécie de “sentença” do PCC para apagar algum criminoso. Nesses termos, acabou caindo o índice de assassinatos, como afirma o governador.
O super-Marcola também diz que o PCC baniu o crack das prisões. Esse tipo de droga mata rápido e os “associados” do Primeiro Comando estão protegidos do uso da droga fatídica.
Uns e outros, nos altos comandos do governo, estão preocupados com Black Bloc. É porque ainda não conhecem o PCC, o talibã brasileiro.
Um país sem lei assume a lei da selva. E haja fera!
Em tempo: São Paulo é o principal estado brasileiro, o centro mais avançado do nosso país.