O enfrentamento ao câncer de mama terá mais um importante instrumento de promoção à saúde e dignidade feminina. O Ministério da Saúde pactuou, na primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2023, a proposta que vai destinar mais de R$ 100 milhões para a ampliação do acesso aos procedimentos de reconstrução mamária em mulheres submetidas à mastectomia ou para aquelas com indicação de reconstrução mamária.
A minuta da portaria que foi apresentada pelo secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES/MS), Helvécio Magalhães, institui uma estratégia excepcional de ampliação do acesso nos hospitais de alta complexidade em oncologia do Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 20 mil mulheres aguardam a oportunidade de passar pelo procedimento na rede pública de saúde.
A CIT reúne representantes dos estados e municípios em um colegiado que delibera sobre estratégias de alcance nacional. Participam o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Durante a reunião, o secretário Helvécio sinalizou o novo momento de construção coletiva para melhorias essenciais na atenção especializada da saúde, como nos tratamentos oncológicos.
“Como encaminhamento da comissão de transição, optamos por reestruturar a direção do Inca – Instituto Nacional do Câncer, que ficou muito deteriorada nos últimos tempos. Vamos retomar o antigo comitê nacional, o antigo Consinca, com a diferença que ele estará no âmbito do Ministério da Saúde, em Brasília, para que tenhamos um amplo debate antes das pactuações, com todas as entidades, sociedades científicas, entidades profissionais e de usuários, como foi em outros tempos”, defendeu Helvécio.
Na ocasião, ele também anunciou a adesão do Ministério da Saúde a uma nova tecnologia de detecção do câncer do colo de útero, que está em desenvolvimento no estado de Pernambuco. De acordo com o gestor, a novidade é fruto de pesquisas conduzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e substitui o exame preventivo da doença, Papanicolau, pela metodologia do PCR, a mesma usada nos melhores testes de detecção da Covid-19. Com ela, é possível simplificar a coleta para o diagnóstico e para tratar precocemente a doença, que é a terceira mais incidente na população feminina, conforme dados do Inca.
Fonte: Ministério da Saúde – Juliana Oliveira e Edis Henrique Peres
Foto: Divulgação