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nov 20 2014

MUITAS PERGUNTAS QUE O GOVERNO NÃO RESPONDE SOBRE A PETROBRAS

RENATO RIELLA

A presidente Dilma Rousseff e o próprio governo parecem estar em estado de choque diante da crise enfrentada pela Petrobras. Com isso, providências básicas não são tomadas nem anunciadas.

Na verdade, permanecem no ar graves perguntas, que a imprensa deixa de fazer, deleitando-se com o noticiário do dia, por si só já interessante e surpreendente.

No entanto, o brasileiro comum não entende porque Dilma Rouseff não troca todo o comando da Petrobras, para poder fazer efetiva reforma na empresa, enquanto as investigações prosseguem.

O brasileiro comum deve acreditar que, neste momento, pagamentos ainda estão sendo feitos às empresas cujas diretores, donos e presidentes foram presos pela Justiça Federal.

A sociedade lê, estarrecida, que 70% das compras feitas pela Petrobras não se submetem ao regime de licitação pública, podendo ser manipuladas por gestores bandidos, alguns deles já presos.

Na verdade, o Congresso Nacional aprovou o regime de compra diferenciada, para dar agilidade ao processo administrativo da Petrobras, mas hoje percebemos que foi uma decisão errada.

A Lei das Licitações (8666), aprovada no governo Collor, há mais de 20 anos, é péssima, mas torna-se útil na Petrobras até que se possa aprovar algo melhor.

Tudo indica que, hoje ainda, a Petrobras esteja tendo desvios de recursos, pois nenhuma mudança administrativa real foi feita.

Qual a decisão do governo brasileiro e da própria Petrobras sobre a manutenção da usina de Pasadena (EUA), principal fator de corrupção na empresa?

Outras grandes obras, superfaturadas em bilhões, vão prosseguir ou serão reestudadas, para poderem dar prejuízo menor ao país?

Como reformar o Conselho de Administração da Petrobras, para que possa efetivamente fiscalizar as decisões e apoiar as decisões de grande porte da empresa?

Os jornais dizem que a Petrobras tem 800.000 acionistas. Muitos desses foram enganados pelo governo ao longo do ano, aplicando suas reservas do FGTS nos papeis dessa empresa. Qual o tipo de informação que o governo dá a essas pessoas?

Eis aqui um texto feito com perguntas não respondidas por ninguém. São dúvidas que permanecem vivas na mente de pessoas comuns, acostumadas a comprar e pagar, a trabalhar e ganhar, com honestidade e preocupação.

Na Petrobras, pelo visto, tudo era possível – principalmente o ilícito.

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