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abr 17 2013

ONIPOTENTE, SE NÃO FOR DEUS, NÃO TEM FUTURO: arruda

RENATO RIELLA

 Onipotência foi a perdição do político José Roberto Arruda, que acaba de ser condenado por juiz do DF por causa de contratação irregular de obra feita quando foi governador do DF (Ginásio de Esportes Nilson Nelson).

É a segunda condenação por juiz (ainda não por colegiado). A primeira foi relativa à violação do Painel do Senado, outro ato de onipotência, onde ele se julgou Deus e conseguiu descobrir os votos dos seus colegas senadores no caso do Luiz Estevão.

Há duas dezenas de processos cercando Arruda, que em algum momento acabará preso – diante da sucessão de penas.

Nas duas condenações já ocorridas, sua defesa recorreu a instância superior. No momento em que for condenado (num desses dois casos, por exemplo) por colegiado, se tornará inelegível, como prevê a Lei da Ficha Limpa.

Uma das maiores provas da “onipotência” do Arruda vitimou o seu secretário de Esportes, pastor Aguinaldo de Jesus. Este levou ao então governador um processo com parecer contrário à contratação, sem licitação, de firma para fazer a inauguração do Estádio Bezerrão.

Arruda chamou Aguinaldo de frouxo e assinou o processo autorizando o contrato irregular. O secretário, constrangido, assinou em baixo. Ambos terão de devolver, em algum momento, esse dinheiro aplicado irregularmente (R$ 8 milhões).

Só para lembrar, este escândalo derrubou o presidente da CBF. Ricardo Teixeira, que foi cúmplice na contratação irregular. O cara estava grudado no cargo há 23 anos. Foi fazer negócio com Arruda e acabou a carreira de forma degradante.

Onipotência é uma forma de crime contra a própria pessoa. Esta é uma das maiores culpas do Arruda, que acabou levando um bando de gente junto com ele para o buraco.

E vem mais condenação por aí, pois talvez nem Arruda saiba quantos são os processos na Justiça. E haja dinheiro para advogado.

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