A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, hoje (24), sete pessoas suspeitas de cometer fraudes usando dados de servidores públicos. A força-tarefa identificou pelo menos 50 vítimas que tiveram informações usadas pelo grupo.
Segundo as investigações, os suspeitos invadiam o banco de dados de servidores de tribunais do DF e de alguns órgãos federais com sede em Brasília. Com as informações, os criminosos abriam contas em nome dos funcionários para transferir parte do salário e efetuar compras.
As informações pessoais dos servidores públicos foram usadas principalmente para financiar automóveis. Além disso, houve o registro de linhas telefônicas e a contratação de empréstimo. O prejuízo estimado é de R$ 1 milhão.
Os órgãos públicos que tiveram o sistema fraudado, segundo a polícia são: Advocacia-Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wisllei Salomão, o grupo falsificava os documentos das vítimas para cometer as fraudes. Em alguns casos, conseguiam apenas alterar a foto nos registros.
“Eles conseguiam solicitar a segunda via da CNH – que é materialmente verdadeira, mas a fotografia era de alguns deles da quadrilha – e com base nisso, eles financiavam veículos, revendendo a terceiros de boa fé”, conta.
Ao todo, 14 veículos foram financiados. Durante esta manhã, dois carros foram apreendidos junto aos suspeitos.
A investigação foi iniciada há nove meses pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). A operação foi batizada de Alicantina – que significa fraude.
De acordo com a polícia, todos os suspeitos têm antecedentes por associação criminosa e estelionato.Segundo o delegado Salomão, os envolvidos eram cautelosos para não levantar suspeitas.
“Eles apresentam um padrão de vida normal. Eram moradores de [regiões] desde Park Way a Ceilândia. Eles não aparentavam viver uma vida de luxo”, afirma o delegado.
Entre os suspeitos estão servidores públicos e terceirizados que tinham acesso ao banco de dados dos funcionários. Na próxima etapa da investigação, a polícia apura se há outros envolvidos ainda não identificados.
Com informções de G1