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out 13 2014

PROFISSIONAL DE SAÚDE DE QUALQUER HOSPITAL DO MUNDO É AMEAÇADO PELO EBOLA

RENATO RIELLA

Teresa Romero Ramos vivia tranquilamente na Espanha, trabalhando como auxiliar de enfermagem. De repente, deu entrada no seu hospital um paciente que acabou morrendo de ebola. E ela se contaminou, estando hoje sob risco de também morrer.

O caso de Teresa é semelhante ao de outra profissional de saúde dos Estados Unidos, que começa a desenvolver os sintomas da doença, sem nunca ter ido à África. Apenas deu azar de atender uma vítima do ebola, que também morreu.

Passa a ser questão dramática, que pode atingir qualquer profissional de saúde do mundo. O que garante que alguém, trabalhando no Hospital de Base de Brasília no mesmo no Hospital da Ceilândia, não esbarre com um paciente vindo da África, com sintomas iniciais de ebola?

A discussão vai se tornar neurótica nas próximas semanas, pela facilidade de contaminação e pelo alto grau de mortes associadas à doença.

Além de Teresa Romero, de 44 anos, estão hospitalizadas mais 15 pessoas no mesmo hospital de Madri, incluindo o marido da auxiliar de enfermagem, por terem mantido contato direto com ela quando já podia transmitir o ebola. As pessoas em observação não registram sintomas da febre hemorrágica.

A situação de Teresa Romero e a crise do ebola na Espanha vão ser analisadas em reunião hoje do Comitê de Crise, criado pelo governo para acompanhar o ebola.

O número de mortos em consequência da epidemia, surgida na África Ocidental no fim do ano passado, ultrapassou 4 mil, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com relatório da OMS, de sexta-feira passada, estão confirmados 8.399 casos de contágio pelo ebola em sete países (Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos), com 4.033 mortes.

Nos Estados Unidos, nas últimas horas, o presidente Barack Obama despertou para a gravidade da situação. Hoje discutirá formas de proteção aos trabalhadores das unidades de saúde.

O mundo está acordando para o ebola.

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