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jan 27 2020

SÃO PAULO: Um soco no rosto

IZILDA ALVES

Foi de repente. Um soco no rosto em plena rua! Aconteceu nesta manhã numa das ruas mais movimentadas do centro de São Paulo, alameda Barão de Limeira, próximo à alameda Nothmann.

Uma senhora caminhava em direção ao seu local de trabalho, quando parou, porque uma mulher gritando frases sem sentido saiu correndo de um supermercado.

Em frente a esse supermercado havia um dependente de drogas deitado. A mulher, então, deu um soco no rosto da senhora, ferindo o lado esquerdo.

Naquele momento, raiva foi o sentimento da senhora. E as lágrimas foram de humilhação. Mas logo viu que uma mãe com uma menininha seguia em direção ao supermercado e , chorando, avisou: “Toma cuidado porque a mulher que está gritando e com um saco preto em frente ao supermercado, acabou de me dar um soco no rosto.”

Os gritos podiam ser ouvidos na quadra do supermercado. Assustada, a mãe pôs a filhinha no colo e atravessou a rua.

Retratos do descaso da rede pública municipal da maior cidade do País, São Paulo , com os doentes mentais, que, deveriam estar sendo tratados, mas que ficam abandonados fazendo vítimas nas ruas.

Para a Prefeitura, que anuncia investimento de 30 milhões de reais nos quatro dias de Carnaval, doentes mentais e dependentes de drogas não são prioridade, apesar de haver uma epidemia causada por uso de drogas em São Paulo .

Na cidade de São Paulo, faltam vagas para tratamento e não há preocupação sequer em respeitar a lei federal 13.840/2019, que determina urgência no tratamento desse doentes graves com acolhimento e orientação para suas famílias.

 

NA MAIOR CIDADE DO PAÍS – acreditem – a Prefeitura contrata agentes de Saúde para ir às cracolândias, principalmente a da Luz, que já reúne dois mil dependentes de crack todas as noites, para perguntar o inacreditável: se eles QUEREM TRATAMENTO. ORA, PREFEITURA, ELES PRECISAM DE TRATAMENTO !

E EXATAMENTE esses dependentes de drogas que têm , segundo a Prefeitura de São Paulo ,o direito de escolher se querem ou não tratamento, é que tornam vítimas, com assaltos e agressões, quem mora, trabalha ou frequenta o comércio dessas regiões

Imaginem se essa mulher que deu um soco no rosto de uma senhora nesta manhã estivesse com um canivete ou uma faca, muito frequentes entre os dependentes da cracolândia. A senhora então levaria uma facada no rosto, porque no seu caminho para o trabalho tinha uma dependente de droga em surto.

Revoltante, mas, retrato da Redução de Danos, adotada pela Prefeitura e que mantém os dependentes nas ruas.

Prefeitura e vereadores ignorando até que este é um ano eleitoral. Mas lembrem-se, candidatos à Prefeitura e à Câmara Municipal de São Paulo, as respostas da população virão nas urnas.

 

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