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set 02 2014

SERÁ QUE MARINA INVENTOU UM VOO DE GALINHA DIFERENTE?

RENATO RIELLA

Marina Silva está fazendo um vôo de galinha? Em política, esta expressão é muito conhecida. Na última eleição de prefeito em São Paulo, o evangélico Celso Russomano parecia que ia vencer fácil e acabou derrotado pelo PT. Foi um mero voo de galinha.

Faltam exatos 33 dias para a eleição em primeiro turno. O principal fenômeno até aqui é a queda acentuada e contínua do candidato a presidente Aécio Neves. Ele até já começa a aparecer em boatos como possível candidato do PSDB ao governo de Minas (por enquanto, nega isso).

Na conseqüência da queda de Aécio, veio a explosão de Marina Silva, a nova candidata do PSB, que aparece vencendo a eleição em segundo turno na disputa com a petista Dilma Rousseff.

Ninguém garante que Marina vai continuar crescendo nas pesquisas, nem mesmo que vai manter os índices otimistas obtidos. E não dá para garantir que Dilma Rousseff esteja derrotada de véspera, pois tem uma máquina poderosa nas mãos até o fim do ano.

Marina é a proposta de inovação, com a derrubada das velhas práticas. Mas quais práticas? Isso não está claro.

O que transparece de Marina Silva, nesse momento, são as contradições na questão ecológica, nas relações com o agronegócio, nas propostas fechadas para a economia, nos costumes (gay, aborto…) e, principalmente, nas explicações sobre o avião irregular usado por Eduardo Campos no dia da própria morte;

Será que o desejo de mudança dos brasileiros é tão forte que dá para ignorar todos esses pontos fracos da Marina Silva? Provavelmente sim, mas as próximas pesquisas são vistas como incógnitas pelos principais analistas políticos. Pode dar qualquer coisa.

Vê-se nas redes sociais (Facebook) um bombardeio bem coordenado contra Marina. Até mesmo comparam-se fotos recentes em que ela não pintava cabelo, não tirava sobrancelha, etc. Será que o povo vai assimilar rapidamente as críticas à candidata do PSB?

O certo é que Marina continua se saindo bem nos debates e nas entrevistas de TV, apesar das visíveis contradições.

E os opositores ainda não conseguiram um jeito de compensar este “charme” inusitado da mulher vinda das selvas.

Hoje de manhã, cheguei a postar neste BLOG (e retirei) um artigo de Reinaldo Azevedo, da Veja, que afirmava a derrota da Dilma no debate. Li direito e não concordo.

Depois que vi, num debate, o candidato Cristovam Buarque humilhar Joaquim Roriz e logo depois perder a eleição, reflito muito antes de ter certeza.

Marina está num momento crucial da sua campanha: precisa mostrar que é mesmo a solução. Será que é?

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