LEONARDO MOTA NETO
Antes da presidente afastada Dilma Rousseff, as mulheres nunca tiveram um acesso tranquilo aos governo para atuarem como ministras. A primeira foi Esther de Figueiredo Ferraz,no governo Figueiredo, para a pasta da Educação mas só foi chamada depois que saíram dois ministros anteriores, Eduardo Portella e Rubem Ludwig.
No governo seguinte, o de Sarney, a única mulher-ministra foi convidada por acaso. Sarney precisava de um ministro para Indústria e Comércio, para substituir Elcio Alvares.
Quem? Sarney, se debatia consigo mesmo para encontrar um perfil que agradasse gregos e troianos. paulistas e goianos.
Foi quando, numa certa noite no Palácio da Alvorada, assista aos telejornais em companhia de seu filho Fernando.
Numa matéria sobre economia brasileira,que naquele tempo apontava para uma hiper-inflação, Fernando observou a entrevista com uma economista mineira que em rápidas palavras fez um preciso diagnóstico da economia, falando bem, pausada e docemennte, e com conhecimento de causa.
– ” Papai, eis a sua ministra” – Fernando apontou ao pai a imagem na tela da TV.
Foi convidada no dia seguinte. Era Dorothea Werneck.