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jun 29 2013

Torço pelo jogo ou pelas manifestações?

RENATO RIELLA

Já estive dividido muitas vezes na minha vida. Hoje estou pior do que aquele pessoal que é serrado ao meio nos truques de mágica.

Não controlo a ansiedade diante do jogo de amanhã entre Brasil e Espanha. Há anos espero por esse encontro, agora com a marca de Felipão. Não vai ser fácil para aqueles caras dos 40 toquinhos.

Mas sei que estamos sendo roubados. Sei que uma quadrilha internacional, nas nossas barbas, está levando bilhões de euros que os brasileiros poderiam usar para melhorar um país tão estragado.

Enquanto isso, tenho quase certeza que o jogo acontecerá, sem interrupção, no Maracanã lotado. A não ser que 300 mil manifestantes consigam cercar este estádio, num abraço que entrará em todos os livros do ranking do mundo. Mas é esperar demais.

O mais provável é que cerca de 10 mil homens das forças de segurança consigam manter a massa a uma distância de alguns quilômetros, onde vândalos poderão quebrar lojas, queimar carros, etc.

Estarei vendo na TV – as duas coisas. Dividido, mais dividido do que pão de pobre.

Depois disso, satisfeitos por ver uma grante partida, deveremos discutir as regras que foram aprovadas para a Copa do Mundo, sem transparência, num momento em que os brasileiros ainda aceitavam qualquer estupro sem gozar (contrariando o conselho de Marta Suplicy).

Não dá para ver a Fifa sair daqui com bilhões e bilhões sem pagar impostos, deixando 12 estádios que virarão elefantes brancos. Esses gringos precisam respeitar um gigante que acordou.

E, dentro de campo, que vença o melhor: o Brasil, é claro, com gol de mão aos 47 minutos do segundo tempo.

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