RENATO RIELLA
Com o tempo, aprendi que Deus realmente escreve certo por linhas tortas. E também que nada é eterno nesta Terra – nem indispensável. Por isso, pode ser que Deus tenha percebido que o Vaticano se esgotou como célula de disseminação da fé.
O Vaticano é um núcleo que não tem salvação, dominado por estruturas podres, velhas, viciadas, picaretas – e alimentadas pelo orgulho. Alguma coisa acontecerá. Não dá para ficar como está. Quem sabe não cai um meteoro por lá…
Não dá para acreditar em alguém que se veste como um cardeal. Não pode sair nada de bom de uma pessoa que aceita essa vestimenta na nossa época. Tudo é fator de distanciamento e a linguagem empregada é tão rídicula quanto o amontoado de mantos. Como se comunicar com sete bilhões de seres carentes sentindo-se tão superior? Debaixo daqueles panos deve estar escondida muita podridão.
A fé hoje é universal. Com a tecnologia, cada homem será a sua própria igreja, já dizia há muitas décadas o profeta da tecnologia, Arthur C. Clarke, que previu os satélites artificiais e a viagem à Lua.
Em Aventuras de Pi, o garoto indiano demonstra isso, ao pesquisar todas as religiões, formando seu próprio entendimento. O Facebook, a Internet e o Google nos geram fatores de meditação transcendental a todo momento.
Regionalmente, templos católicos e evangélicos destacam-se por características próprias, atraindo multidões de brasileiros (prefiro falar do que conheço bem: o Brasil). No caso dos católicos, claramente falando, muitos padres distanciam-se do Vaticano para poder exprimir Deus melhor.
O movimento espírita resgata o espírito de Jesus e a orientação de Paulo, ao mostrar que a fé e o amor nada valem, se não houver a caridade. E o Vaticano é a negação da caridade. O povo não é bobo e até a TV Globo sabe disso (mera rima, de brincadeira). Assim, espíritas, muitos evangélicos e muitos padres são fieis a Deus e sabem que “Deus é fiel”. Estas aspas não são de adesivo de carro, mas foram escritas por Paulo nas suas cartas.
Portanto, Vaticano, você não passa de um Titanic. Tchau!
